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5. O Grande Gatsby

Leia o texto da contracapa do livro

DANUZA LEÃO
colunista da Folha

Na Long Island nos anos 20 havia jovens belas e exóticas, muito álcool, jazz, elegância, glamour e, pairando sobre tudo, a certeza de que a vida seria uma festa sem fim.

Para Jay Gatsby, a voz de Daisy era inesquecível porque "soava a dinheiro".

Romântico e sentimental, de uma beleza melancólica e triste, o livro retrata a recusa da maturidade, a incapacidade de envelhecer e uma obstinação: a de continuarem todos jovens e ricos para sempre.

Fitzgerald e seu personagem descobrem, cedo, que a riqueza não é apenas o champagne rosée; ela pertence aos ricos sem charme mas com dinheiro, que falam num dialeto particular inacessível aos simples mortais, que só eles entendem.

Descobrem também que nenhuma festa dura para sempre e que para conseguir impunemente estar ao mesmo tempo dentro e fora dela, só sendo aristocrata ou tendo nascido rico: é a irrealidade da realidade.

Gatsby quis subir ao topo do mundo para, lá de cima, sorver a vida; quando seu companheiro Carraway lhe diz: "Mas não se pode voltar ao passado", ele responde, sem hesitar: "Mas é claro que se pode".

Era o sonho americano.

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Lançado: 21/12


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