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2. O Nome da Rosa - Textos publicados na Folha
Eco lidera lista de ficção
(publicado em 26/02/1995)
Da Folha de S.Paulo
O escritor italiano Umberto Eco é a maior novidade da pesquisa sobre os livros mais vendidos realizada pelo Datafolha em fevereiro.
Seu novo romance, "A Ilha do Dia Anterior", lançado no mês passado, encabeça o ranking de ficção, desbancando "Nada Dura para Sempre", de Sidney Sheldon, que caiu para a oitava colocação.
"A liderança de Eco" significa uma mudança de perfil do comprador do livro de ficção mais vendido: as mulheres eram responsáveis por 94% das vendas de "Nada Dura para Sempre" em janeiro, enquanto os homens representam 54% dos compradores de "A Ilha do Dia Anterior".
No ranking geral (sem distinção entre gêneros), porém, os três livros esotéricos que lideram a lista de não-ficção superam as vendas "A Ilha do Dia Anterior".
"Maktub", de Paulo Coelho, caiu para a terceira posição, sendo superado por Mônica Buonfiglio. Além de "Anjos Cabalísticos", em primeiro, ela emplacou "A Magia dos Anjos Cabalísticos", também sobre o universo celeste.
Paulo Coelho, de qualquer forma, confirma sua condição de best seller absoluto, com cinco livros entre os 20 mais vendidos (quatro deles pertencem ao gênero ficção).
O perfil do público reitera a preferência feminina por Coelho: as mulheres são 75% de seus compradores.
Considerando que, no perfil geral da amostra, as mulheres (58%) superam os homens (42%), a conclusão é que os livros de Paulo Coelho acentuam a predominância feminina.
O livro de Umberto Eco, embora mais próximo do equilíbrio quanto à distribuição dos sexos, contraria essa predominância.
Best seller erudito
O sucesso de "A Ilha do Dia Anterior" traduz um interesse do público por uma leitura de entretenimento, mas bastante acima do nível dos best sellers como "Nada Dura para Sempre", de Sidney Sheldon, líder da lista de janeiro.
Eco já havia se consagrado com "O Nome da Rosa" (filmado pelo diretor Jean-Jacques Annaud e estrelado por Sean Connery), um romance que recobria suas sofisticadíssimas citações com uma trama de mistério ambientada na Idade Média.
Agora o professor de semiologia da Universidade de Bolonha conta a história de um náufrago do século 17, que relembra suas aventuras na Paris dos "Três Mosqueteiros", e se transforma no grande sucesso editorial do mês.
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