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3. O Amante - Textos publicados na Folha

'Savannah Bay' propõe instrospecção amorosa

(publicado em 05/01/2001)

VALMIR SANTOS
Da reportagem local

Luz e cenários desenham uma atmosfera de delicadeza, mas o sentimento que vai pelo coração da personagem protagonista equivale a um vulcão prestes a entrar em erupção.

Quem recorre à imagem é a atriz Helena Ignez, como a ilustrar o grau de introspecção ao qual o espectador será exposto em "Savannah Bay", peça da francesa Marguerite Duras (1914-96).

A escritora, dramaturga e roteirista deu acento autobiográfico à obra que ela mesma dirigiu em 84. Duras pincela angústias e louvações do seu relacionamento com um amante que conheceu quando tinha 67 anos, ele 26.

Madeleine (Helena), com "a idade do apogeu do mundo", e a Mulher Jovem (Djin Sganzerla), discorrem sobre seus sonhos e pesadelos amorosos. Estabelecem um jogo de reconstituição da memória, no qual a atriz mais nova estimula a diva, ao ponto de esta projetar-se em um filme paradisíaco ao lado de Henry Fonda.

"O que essa mulher procura vem por meio de quase-surtos", diz Helena, expoente do cinema novo. Ela contracena com a filha Djin e é dirigida por Rogério Sganzerla ("O Bandido da Luz Vermelha"), em rara incursão pelo teatro.

A trilha de Sinai Sganzerla, outra filha, fecha o clã.

SAVANNAH BAY - www.prodam.sp.org.br/ccsp.
Centro Cultural São Paulo - sala Jardel Filho (r. Vergueiro, 1.000, Paraíso, região central, tel.3277-3611 r. 250). 324 lugares. Sex. e Sáb.: 21h30. Dom.: 20h30. Até 11/2. 60 min. 12 anos. Ingr.: R$ 12. Estac. (R$1,50 p/h).

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