17. O Processo
Sinopse
da Folha de S.Paulo
No dia em que completava 30 anos de idade, enquanto esperava o café da manhã, o empregado de banco Josef K. foi surpreendido por dois inspetores que, sem nenhum motivo explícito, lhe deram ordem de prisão.
A princípio, o pacato K. imaginava que tudo não passasse de um equívoco. Aos poucos, porém, o caso de K. se complica. Na tentativa de compreender os meandros do processo, Josef K. conversa com advogados, estudantes, industriais, pintores, comerciantes e, por fim, com um sacerdote --todos de algum modo funcionários do tribunal.
Com uma espantosa capacidade de conferir realidade a fatos aparentemente muito estranhos, Franz Kafka (1883-1924) constrói um universo ficcional em que os tradicionais conceitos de culpabilidade e inocência valem menos do que o próprio funcionamento da Lei --indiscernível, acima da vontade e do entendimento dos homens.
Muitos críticos interpretam O Processo como um romance metafísico, sobre o problema do Mal. Outros o vêem como alegoria das modernas sociedades de controle, em que todos estão submetidos a uma lógica cega. Que cada leitor julgue o livro por si. De qualquer modo, o romance inacabado de Kafka será para sempre um marco da literatura moderna.
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