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23. A Mulher Desiludida
Leia o texto da contracapa do livro
MÔNICA BERGAMO
colunista da Folha
Três novelas, três mulheres que têm diante de si o horror: o envelhecimento e, com ele, a proximidade da morte.
O suicídio de uma filha. O abandono do marido a quem se dedicou os melhores anos da vida. O desmoronamento diante dos filhos que, já adultos, delas nada mais querem.
A trajetória de três mulheres que, por volta dos 40 anos, mergulham na perplexidade diante do fracasso de suas vidas, ou do que planejaram para elas. As histórias nos chegam em forma de diário --Simone de Beauvoir se baseou na experiência de várias mulheres que lhe haviam feito confidências.
A sensação de afogamento que as narrativas às vezes nos causam é justamente o encantamento do livro: Beauvoir torna cada uma dessas mulheres ficcionais personagens de nosso mais estreito convívio. O livro termina, e continuam ao nosso lado. Elas se parecem com nossas tias, com nossas mães, e em breve seremos nós também a escrever as páginas de nosso diário. Cheio de tristezas e frustrações? Como saber? Como evitar?
Simone de Beauvoir tinha também 41 anos, em 1949, quando inaugurou, com O Segundo Sexo, o debate consistente sobre a situação da mulher, examinando-a por meio da biologia, do marxismo e da psicanálise, e concluindo que a alienação das mulheres não é de ordem biológica, mas cultural.
Tinha 60 quando escreveu A Mulher Desiludida. Aplaudia as mulheres que obtinham sucesso. As que fracassavam, no entanto, não deixaram de atrair o seu fantástico olhar.
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